sexta-feira, 11 de junho de 2010

ENTREVISTA 03 - Filipe Barrientos



Nome do(a) Entrevistado(a): Filipe Barrientos

Profissão: Músico e Web designer

Idade: 22 anos

1) Como você desenvolveu sua talento musical? Você estudou com quem? Você lê? Você considera a leitura fundamental para um guitarrista profissional?

R: Bom, não faz tanto tempo assim que toco, mas sempre me interessei por música, me dediquei muito e sempre levei a sério. Desde que comecei a tocar, os meus melhores professores foram os meus amigos que já tocavam, sempre aprendia alguma coisa com um, outra coisa com outro e ficava indo atrás deles, pra perguntar muitas coisas, já cheguei a fazer uma única aula onde tirei algumas dúvidas sobre escalas, peguei alguns exercícios úteis, mas por falta de tempo, tive que parar e continuei estudando sozinho. Sim, eu leio e com certeza a leitura de uma partitura, cifra ou tablatura é fundamental pra um guitarrista, tanto iniciante, como profissional, pra todas as teorias que precisa estudar e as dicas para a prática, exercícios, todas as músicas que irão tocar, facilita muito na hora de decorar uma música. Basta ler pra saber quais são as notas ou escrevê-las se for compor algo, pra que não corra o risco de esquecer e perder toda a música ou parte dela.

2) Que tipo de guitarra você prefere? Qual é o melhor tipo de pedal, na sua opinião: Behringer, Dunlop, Digitech, Ibanez?

R: Depende, eu gosto de tocar com guitarra que tem micro-afinação e mais trastes/casas, eu tenho uma de modelo “flying V” e uma de modelo “Explorer”, acho elas muito bonitas, mas são um pouco desconfortáveis, o modelo mais conhecido e um dos mais confortáveis, é o “Stratocaster”, com uma boa regulagem, fica muito macia, mas não estou acostumado a tocar com esse modelo, já de marca, gosto mais de Ibanez, ESP e Gibson. Pedal, pra mim os melhores são Boss, exceto pelo de distorção que não me agrada, então eu uso um pedal de “Delay”, um “Equalizer” e um “Chorus” da “Boss”, uso um “Wah-Wah” da “Crybaby” e um pedal afinador da “Behringer”.

3) Você tem banda ou preferiu seguir carreira solo? Caso seja a segunda opção, explique o porque.

R: Tenho uma banda de “Rock pesado; ou, Metal” o nome dela é “Angels Holocaust”, somos de São Paulo.

4) Como você vê o mercado brasileiro para o músico profissional? Você encoraja aquele jovem que tem vontade de se aventurar na vida profissional ou você acha que ele deve mudar a perspectiva e partir pra outra?

R: Eu acho que o Brasil tem muita qualidade musical e independente do estilo que o músico for seguir, tem grandes chances de se tornar um profissional de sucesso, mas como qualquer outra profissão, tem que se dedicar muito, trabalhar bastante pra que isso aconteça, realmente há uma grande concorrência nessa área, mas com muito trabalho compondo, divulgando, indo atrás de shows e um poquinho de “sorte”, dá certo!

5) Quando foi o seu primeiro show? Qual foi a sensação? Como foi a reação do público?

R: Do meu primeiro show eu não consigo me lembrar o dia nem o ano, mas me lembro perfeitamente como foi, errei muitas notas, tive vergonha (risos), mas sabia que seria assim que eu iria aprender, tinha tudo sob controle antes de ir, mas na hora, tem muitas coisas que podem acontecer, ficar nervoso e esquecer alguma parte da música, alguma nota, derrubar a palheta, estourar uma corda, até um cabelo no olho às vezes pode te atrapalhar, isso quando o problema não parte de outro integrante, te causando um problema por tabela, por exemplo, quando se é iniciante e o baterista aumenta a velocidade da música, já complica, por que está acostumado a tocar numa velocidade e é obrigado a tocar mais rápido, dependendo do que for tocar, pode virar um grande problema. Tudo acontece, mas pra nós aprendermos a lidar com esse tipo de situação, pra que futuramente possa amenizar.

6) Para você, música tem à ver com estilo? Porque?

R: Estilo musical sim, por que tem sequências de notas, tipos de bateria, tipos de cantar que acaba ligando uma música à outra, num determinado estilo, mas isso não é regra, as pessoas estão sempre criando coisas novas, já estilo da pessoa, acho que não, acredito que algumas pessoas que criam isso, que quem ouve um determinado tipo de música, é obrigatoriamente uma pessoa de “tal estilo”, acho que as pessoas tem que ouvir aquilo que às agradam, conheço quem gosta de rock e de música clássica, conheço quem gosta de sertanejo e de rock, acho que cada um tem que ouvir aquilo que gosta, não baseado no estilo de vida em que quer levar ou da roupa que gosta de usar.

7) Em questão de estilo, que tipo de gente assiste aos seus shows?

R: Os shows da minha banda, a maioria das pessoas são os que gostam de rock, mas tem muitos amigos meus que gostam de sair curtir baladas, mas quando tem show da minha banda, vão, gostam e curtem do mesmo jeito.

8) Quais são suas principais influências?

Os músicos que mais me influenciam são: John Petrucci (Dream Theater), Zakk Wylde (Ex-Ozzy e Black Label Society). Mas têm muitos outros, até de outros estilos, que admiro e procuro aprender muito com eles.

9) O que você acha que poderia ser feito para melhorar a cultura musical no Brasil? Tanto do lado dos músicos quanto dos ouvintes.

R: Acho que ainda tem muitas pessoas que tem preconceito com um determinado tipo de música, se a pessoa gosta de um estilo musical, acredito não é por isso que ela vá odiar outros estilos, tem pessoas que nem ouvem e já dizem que não gostam de determinada música, principalmente para músicos, acho que tem que ter a cabeça mais aberta para ouvir diferentes estilos, por que em cada estilo, há algo diferente, que pode contribuir pro seu aprendizado, tornando assim, um músico mais completo, eu toco rock e ouço música clássica, pop, jazz, blues, country, alguns amigos insistem em me mandar sertanejo, mesmo não gostando muito, eu ouço, às vezes tem algumas coisas interessantes que podem contribuir para o aprendizado. Acho também que os professores devem se empenhar em apresentar esses diversos estilos musicais pra que o aluno já comece aprendendo um pouco de cada coisa, pra que possa escolher o que vai tocar, mas sem deixar de aprender outro estilo que com certeza irá contribuir pra sua evolução musical.

 

10) Fale um pouco sobre o seu trabalho.

Começamos a banda faz um ano e alguns meses, onde fizemos mais de 30 shows para uma divulgação intensiva, shows em que fomos muito bem recebidos, que fizemos muitas amizades, muitos novos contatos e que foi muito gratificante para nós, ver que valorizam o nosso trabalho, tanto em grandes casas de show, eventos, como em pequenos bares com poucas pessoas, todos sempre com uma sensação incrível que sentimos ao tocar em algum lugar. Em seguida reduzimos a quantidade de shows para que pudéssemos compor mais, atualmente estamos produzindo um CD demo juntamente com o vocalista Eduardo Falaschi (Angra), que temos previsão de término para Agosto, que será quando iremos retomar os shows para uma divulgação maior ainda, esperando o maior retorno que a banda já teve, mas ainda sem saber o rumo que iremos tomar.
 




http://www.youtube.com/watch?v=3dF381UCrvY

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